PARANÁ

domingo, 15 de janeiro de 2017

Cuidado com as amizades do mundo - fora da igreja

Pr. Gomes Silva

Uma pergunta: Um crente, ou melhor, um evangélico pode ter AMIGOS fora do meio evangélico? CLARO que pode. Agora, um evangélico pode se envolver com AMIZADES fora da igreja? Não.

Embora as duas palavras pareçam ser sinônimas (só que a primeira palavra é adjetiva e a segunda um substantivo feminino), elas diferem quanto ao significado em alguns casos, principalmente no meio cristão. Senão vejamos:

A Bíblia diz que os seguidores de Cristo são sal e luz no mundo pecaminoso em que vive (Mateus 5:13-14). Com essa responsabilidade, não podemos descartar de ninguém (seja prostituta, gay, bebarrão, falastrão, verdugos em acusações, bandidos, assaltantes, mentirosos – porque a palavra de Deus liberta de tudo isso). Pelo contrário, devemos ser AMIGOS na prática, no testemunho vivo... Essas pessoas precisam nos ver de outro jeito.  Como pessoas que querem e trabalham para que elas tenham paz, alegria, sejam cidadãos exemplares, que exerçam os seus direito de cidadão, que deixem o mundo pecaminoso e sigam a Deus e desfrutem mais tarde das maravilhas que o Senhor tem pra elas na vida eterna.

Agora, no nosso meio cristão, amizade fora da igreja pode tornar-se uma complicação na vida de um servo de Deus. Quando um crente começa amizades lá fora, a igreja começa a se preocupar. Qual o motivo disso? Você pode perguntar. Em mais de 22 anos como evangélico, posso afirmar que as amizades fora da igreja colocaram mais homens e mulheres que estavam na igreja na rua do que quem estava na igreja trouxe essas amizades para dentro da igreja.

As amizades do mundo não se preocupam com a espiritualidade de ninguém. Pelo contrário, fazem como diz Romanos 1.28-32:
(...) 28 Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.

29 Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros,

30 caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;

31 são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.

32 Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.

Na primeira carta escrita aos coríntios, 15:33, o apóstolo Paulo nos exorta: “Não vos enganeis: As más conversações corrompem os bons costumes”. Quando olhamos para os versículos de romanos acima citados e este de Paulo endereçado aos coríntios, devemos nos precaver para não cair na conversa daqueles que dizem fazer parte das nossas amizades. E por uma razão muito simples e fácil de ser entendida. Conviver é uma coisa; estabelecer uma amizade profunda, outra, porque amizade implica COMUNHÃO DE IDEIAS E PRÁTICAS. (quem gosta de falar essa frase final é o pastor Silas Malafaia).

Existe um ditado popular que diz: “diga-me com quem andas, e te direi quem tu és”. Antes de associar-se a alguém e ter amizade com essa pessoa, devemos procurar observar como ela se comporta sozinha e em grupo, como ela fala, do que gosta, como age quando está sob pressão. Mesmo que se diga cristã, avalie se ela observa ou não a Palavra de Deus, se tem temor a Ele.

[De maneira alguma estou fazendo apologia ao isolamento total ou à inimizade com os que não professam a mesma fé que nós. Não somos do mundo, mas vivemos nele. Trabalhamos e estudamos com pessoas que não conhecem os preceitos bíblicos. Devemos falar e testemunhar do amor de Jesus a elas! Todavia, conviver é uma coisa; estabelecer uma amizade profunda, outra, porque amizade implica comunhão de ideias e práticas].

Repito: “Não vos enganeis: As más conversações corrompem os bons costumes”. Por que será de Paulo falou assim? Obviamente, porque o ser humano é um ser social. Seu comportamento é influenciado por aquilo que ele vê, ouve, admira. [As pessoas com quem andamos, conversamos e a quem abrimos nosso coração exercem uma forte influência sobre nós. Se não tiverem compromisso com Deus, vão falar de coisas vãs ou más; coisas que ofendem a santidade do Senhor e que, com o tempo, corromperão os costumes cristãos que adquirimos em nossa convivência com nossa família e/ou a Igreja].

Não tenho dúvida: [Quando o cristão fica mais exposto aos valores mundanos do que à Palavra e à presença de Deus, com o tempo acaba esfriando na fé, adquirindo os mesmos hábitos que os incrédulos, frequentando os mesmos lugares que estes, adotando o mesmo vestuário e falando da mesma maneira, sobre os mesmos assuntos, segundo os mesmos pontos de vista].

Por tudo isso, afirmamos que o cristão não deve ter amizade íntima, profunda, com os incrédulos, para não ter sua comunhão com Deus rompida. O contato com eles deve restringir- se à convivência social, profissional, e com o intuito de apontar a salvação em Cristo Jesus.

MEU CONSELHO: Se você, que é cristão, tem amizades que não glorificam a Deus, cai fora. Senão vão levar você a se envolver com as mundanas (2 João 2:15-17) e afastá-lo da presença de Deus.  

"Amigo de verdade, não é aquele que aceita seu caminhar errado, mas é aquele que não sai do seu lado enquanto não te colocar no caminho certo".
Sil Cervantes

OBS
Os textos que estão entre [...] foram extraídos do texto: É perigoso para os cristãos terem amizade profunda com incrédulos? Publicado pelo site http://www.verdadegospel.com

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